LAMB


 Certo dia, o casal Maria (Noomi Rapace) e Ingvar (Hilmir Snær Guðnason) vão fazer o parto de uma ovelha na fazenda em que vivem na Islândia. No entanto, ao contrário do esperado, não nasce um um carneirinho convencional. Nasce, na verdade, uma mistura. Metade humano, outra metade carneiro. Essa é a premissa inicial de ‘Lamb’. Dirigido pelo estreante Valdimar Jóhannsson e produzido por Béla Tarr, o longa-metragem vindo da Islândia parte dessa premissa, principalmente, para criar clima e ambientação. Afinal, ao longo dos 106 minutos de duração, ‘Lamb’ vai nos colocando na rotina da vida de Maria, Ingvar, a criança-carneiro e, ainda, Pétur (Björn Hlynur Haraldsson), o irmão que surge na rotina familiar. A partir daí, o filme desafia a estranheza. O que é essa mistura de criança com carneiro? Qual o significado? O que aconteceu na vida de Maria e Ingvar para aceitarem aquela criatura como filho? E o que Pétur tem a ver com a dor, o sofrimento vivido por Maria? Aos poucos, Jóhannsson vai nos colocando nesse mosaico familiar com respostas e silêncios, em um filme nada convencional e que deve provocar as mais variadas emoções no público — medo, curiosidade, cansaço. Não é um filme fácil, já que muitas informações são escondidas e há algumas raízes na cultura da Islândia. Ainda assim, o final ousado e as brincadeiras com mitologia devem ser o bastante para o filme ser, no mínimo, memorável. 

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